segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Biosfera Kids



Ana: Apesar de uma infância sem muitas opções de lazer e principalmente sem um lar estruturado, mantive minha curiosidade e ocupava meu tempo brincando no quintal. Criei lá meu "Cantinho de Ciências". O que era esse cantinho? Eu ficava horas no quintal "cavucando" com pedaços de madeira à procura de "fósseis". Na minha imaginação as pedras e restos de animais (ossinho de frango e lagartixa) encontrados eram de grande valor. Colocava todos eles no meu Cantinho. No fundo já me estruturava para minha futura profissão: Bióloga!

Cíntia: Desde criança tive afinidade com a terra, havia algo que me atraía. Brincava muito no quintal gramado da minha casa e era a ajudante de jardinagem preferida de meu pai. Lembro-me de plantar tagetes, e torcer para secarem para colher e plantar suas sementes para ve-los florescer em maior quantidade. "Olha pai, como ta bonito meu jardim...". No apartamento, gostava de criar joaninhas e lagartixas. Quando fui fazer o vestibular, não tive dúvidas, queria cuidar do Planeta, pra que meus filhos, netos, sobrinhos e vizinhos, pudessem conhecer tudo o que conheci. Escolhi ser bióloga.

José Flávio: Nos primeiros 10 anos de minha vida, morei em uma casa pequena, mas com um quintal gigantesco, arenoso e cheio de plantas, as mais variadas e quase todas frutíferas. Muitas mangueiras, coqueiros, pitangueiras, um mini cafezal e ramas de mandioca. Brincávamos em meio à essas árvores como em meio a uma floresta. Na escola gostava bastante de participar das Feiras de Ciência que aconteciam, dessas a que ficou marcada na minha mente foi quando inventamos uma "Lama Milagrosa", essa prometia melhorar as faces das mulheres mais preocupadas com a beleza e juventude... Tudo lorota, vimos em uma revista e tentamos fazer igual, mas foi falha.

Renato: Como faço aniversário em Julho, a escola em que minha mãe foi me matricular não me aceitou na 1ª série, então fui matriculado na pré-escola. Tinha apenas 6 anos de idade e minha professora estava grávida de gêmeos, na visão de uma criança ela era imensa, alta e grande, fiquei intrigado e impressionado com aquela situação. Ela sempre dizia à minha mãe que eu era muito curioso e questionador, acho que meu interesse pela ciência estava apenas começando. Como diz a propaganda do Canal Futura: o que move o mundo não são as respostas, mas sim as perguntas.

Vaneide: Na minha infância aprendi que o egocentrismo tinha passagem rápida na minha vida, pois com 12 irmãos e poucos recursos é preciso ser criativo e saber diverti-se. Observar fenômenos era o meu forte científico. Eu curtia ver um dos meus irmãos fazer um furinho no banco de madeira e colocar pólvora (retirada do palito de fósforo) e dar marteladas para estourar. Como eu era pequena não fazia parte do processo. Queimar brinquedo velho de plástico ou mesmo pedaços de plástico, era uma sensação fascinate já que o fogo pingava quando eu supendia com um pedaço de madeira, ou galho, o brinquedo ainda em chamas. Meu Deus quanto perigo!! Que Deus guarde as crianças das traquinagens perigosas.

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