terça-feira, 17 de novembro de 2009

Drogas: combinações perigosas

Recentemente a Revista Veja publicou a reportagem "Música, Sexo e Loucura" que demonstra as novas misturas químicas que os baladeiros utilizam-se em busca da suposta "noitada".

A revista afirma que: "Fazem parte da natureza dos jovens a imprudência e o desejo de experimentar novas sensações. Resultado frequente da combinação desses fatores, o uso de drogas, sobretudo nas baladas ou "nights", tornou-se prática tão comum que a maioria das casas noturnas faz vista grossa para elas. Só que agora a imprudência e a vontade de experimentar sensações desconhecidas vêm conduzindo os frequentadores de clubes e raves a um comportamento de duplo risco: além de usarem nas pistas substâncias ilegais de todo tipo, muitos passaram a misturá-las com um coquetel de drogas farmacêuticas de acesso fácil e efeitos, algumas vezes, devastadores."


Vamos decifrar algumas drogas apresentadas nas figuras:

  • Ecstasy ou MDMA: é denominado farmacologicamente como 3,4-metilenodioximetanfetamina, substância fortemente psicoativa. Semelhante a esta, temos o Eve (N-etil-3,4-metilenodioxianfetamina) e o metabólito ativo - produto ativo da degradação do ecstasy pelo fígado - (3,4-metilenodioxanfetamina).

  • Cocaína: é uma droga alcalóide (benzoilmetilecgonina ou éster do ácido benzóico) derivada do arbusto Erythroxylum coca, a produção da droga é realizada através de extração utilizando solventes álcalis e ácido sulfúrico.

  • Maconha ou THC: O THC (d-9-tetrahidrocannabinol) é apenas um dos vários cannabinóides - compostos terpenóides (com estrutura similar aos terpenos, como o limoneno) que ocorrem nos óleos essenciais de várias plantas, tal como na cannabis. Nas plantas, as funções destas substâncias estão relacionadas à produção de vitaminas, esteróides e pigmentos. Também funcionam como mecanismos de defesa contra os predadores, por interferirem no sistema biológico dos animais que comem suas folhas.

  • Remédios para impotência, como exemplo, o Viagra: é considerado uma droga inibidora da enzima 5-fosfodiesterase. Essa enzima consome o óxido nítrico, que é a substância causadora do relaxamento e consequente ereção do músculo do pênis. Ou seja, ao inibir a fosfodiesterase, abre o caminho para a ação do óxido nítrico, e causa o relaxamento muscular.

  • Antirretrovirais: medicamentos que inibem a reprodução do HIV no sangue. Atualmente, são 19 medicamentos divididos em quatro classes: Inibidores de transcriptase reversa análogos de nucleosídeos: atuam na enzima transcriptase reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza; Inibidores de transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos: bloqueiam diretamente a ação da enzima, sua multiplicação e o desenvolvimento da infestação no organismo; Inibidores de protease: impedem a produção de novas cópias de células infectadas com HIV; Inibidores de fusão: impedem a entrada do vírus na célula. Para combater o HIV, é necessário utilizar pelo menos dois medicamentos de classes diferentes. A maioria das pessoas toma de três a quatro medicamentos antirretrovirais. Porém, muitos medicamentos não podem ser utilizados juntos, pois interagem entre si potencializando os efeitos tóxicos ou inibindo a sua ação.

  • GHB: O GHB (gamahidroxibutirato ou ácido gama-hidroxibutírico) geralmente é comercializado (ilegalmente) na forma de um líquido incolor, com um sabor levemente salgado. Embora seja incomum, também existe em forma de um pó branco. É comumente chamada de Ecstasy Líquido.

  • Quetamina: é derivado do cloridrato de fenciclidina (PCP) é utilizada como anestésico para uso humano (cirurgias) e, principalmente, veterinário. É referida na literatura como “anestésico dissociativo”, devido a uma perda sensorial marcante, analgesia e paralisia do movimento, amnésia, sem perda real da consciência.

  • LSD ou Ácido Lisérgico: A Dietilamida do ácido lísergico é sintetizada clandestinamente a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpúrea). Pode apresentar a forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina, micropontos ou folhas de papel secante (como selos ou autocolantes). Esta substância age sobre os sistemas neurotransmissores seratononérgicos e dopaminérgicos. É conhecida pelos seus "flashbacks". Alguns estudos pressumem que este fenômeno possa ser desencadeado por intoxicação alcoólica, pelo uso abusivo da maconha ou por cansaço físico.

O que leva os jovens a combinarem tantas substâncias proibidas e maléficas?


a) Falta de informação?

b) Espírito aventureiro?


c) Ou a ilusão de que o perigo sempre acontece com os outros e não com ele mesmo?


#FicaDica

E agora como viveremos?
Reportagem da Veja na íntegra




3 comentários:

  1. os jovens acham que nunca acontece com eles......

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  2. Espirito de aventureiro , além do que muitos usam para ser algo a mais que faça crescer sua felicidade por estar naquele momento com seus amigos curtindo a vibe do lugar, seja em raves ou baladas!

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  3. Um pouco dos dois, mas também pessoas depressivas, utilizam-se de drogas e o álcool.
    Comentando o que a Luuuh disse
    eu sempre fui a balada e sempre curti a vibe sem drogas, mas acho que depende da personalidade ser mais forte e não ser mais um "maria vai com as outras"

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