Ao ligar a TV nesta terça-feira (08/09/2009) na Rede Globo fui presenteada com a contribuição da apresentadora do "Mais Você", Ana Maria Braga, para escrever o meu post da semana.
Ana recebeu o presidente da Fundação RIOZOO, Maciel Maia, e o veterinário Daniel de Almeida Balthazar, para entrevista sobre a apreensão de uma Jibóia, realizada por policiais do Rio de Janeiro em operação no Morro do Fubá.
O presidente explicou que o animal deve permanecer no zoológico e será utilizado para trabalhar a Educação Ambiental com os visitantes, tentando amenizar o medo e estimular o respeito a estes seres.
A conversa estava relativamente bem, quando de repente, testemunhei a fala mais destoante que uma apresentadora de televisão, bióloga, especialista em répteis, que foi repórter, relações-públicas e publicitária, que possui o salário estimado em 200 mil reais poderia fazer.
Ana Maria diz: "Vamos trabalhar doutor, eu trabalhei tantos anos com répteis e anfíbios e a Jibóia é uma das coisas, inclusive, é uma das carnes mais saborosas, não pode falar, mas, kkkk.
(Percebam que além de não haver concordância entre uma frase e outra, o peso do que ela diz, numa entrevista que deveria educar telespectadores).
E continuou: " Depois que elas morriam de morte natural, ela tem uma carne maravilhosa". O louro tentou interromper, mas ela não se conteve e continuou, "você pega estes anéis, corta em postas..."
Amig@s professor@s falo as seguintes provocações:
Ana recebeu o presidente da Fundação RIOZOO, Maciel Maia, e o veterinário Daniel de Almeida Balthazar, para entrevista sobre a apreensão de uma Jibóia, realizada por policiais do Rio de Janeiro em operação no Morro do Fubá.
O presidente explicou que o animal deve permanecer no zoológico e será utilizado para trabalhar a Educação Ambiental com os visitantes, tentando amenizar o medo e estimular o respeito a estes seres.
A conversa estava relativamente bem, quando de repente, testemunhei a fala mais destoante que uma apresentadora de televisão, bióloga, especialista em répteis, que foi repórter, relações-públicas e publicitária, que possui o salário estimado em 200 mil reais poderia fazer.
Ana Maria diz: "Vamos trabalhar doutor, eu trabalhei tantos anos com répteis e anfíbios e a Jibóia é uma das coisas, inclusive, é uma das carnes mais saborosas, não pode falar, mas, kkkk.
(Percebam que além de não haver concordância entre uma frase e outra, o peso do que ela diz, numa entrevista que deveria educar telespectadores).
E continuou: " Depois que elas morriam de morte natural, ela tem uma carne maravilhosa". O louro tentou interromper, mas ela não se conteve e continuou, "você pega estes anéis, corta em postas..."
Amig@s professor@s falo as seguintes provocações:
- Qual a contribuição da televisão aberta para a formação cultural das pessoas, para a construção de valores humanos, para o aperfeiçoamento profissional, o entretenimento sadio?
- Temos uma imprensa que reflete a opinião pública, ou uma opinião pública que reflete a imprensa?
Não vi nada demais na entrevista... para mim há um protecionismo muito grande entre alguns ambientalistas. O Richard Rasmussen do programa selvagem ao extremo é extremamente acusado de incentivar a população ao manuseio de animais silvestres já que em seu programa ele pega com as mãos muitos animais. Eu já vejo ao contrário. Acho o que ele faz é Educação Ambiental! Ele apenas pega os animais para mostrar ao publico, porque infelizmente nós só respeitamos o que conhecemos... é o medo do desconhecido que acaba matando muitas espécies, como essa Jiboia por exemplo. Quantas dessas não devem morrer por ignorância da população? Quantas pessoas não as matam por acharem que ela é uma espécie pençonhenta, ou então que solta um bafo necrosante, ou que vai mamar em gestantes... essas lendas sim, são prejudiciais para a fauna brasileira...
ResponderExcluirNo caso da carne da Jiboia foi simplesmente uma curiosidade... muito conhecimento se cria a partir das experiências individuais de cada um... são proibidos testes de medicamentos, a chamada pesquisa clinica, em gestantes... então como os médicos sabem qual remedio as gravidas podem utilizar? Sabem...pq algumas gestantes se arriscam e fazem uso dessas substancias...que depois são relatadas e se tornam conhecimento cientifico... elas não deveriam ter usado.. mas usaram e relataram, ajudando assim a se construir um conhecimento... se atirassemos uma pedra em cada mulher que utilizou algum remedio sem consentimento médico hoje certamente não haveria esse vasto material bibliografico..
Sabemos que não se deve comer Jiboias, porque elas são protegidas pela legislação ambiental... mas se houvesse demanda pela procura da carne... tenho certeza que o Ibama autorizaria criadores credenciados, assim como ocorre com jacarés... poderia se utilizar o couro também, e como animais de estimação... isso geraria renda e emprego para a população... enquanto o IBAMA e alguns ambientalistas extremamente protecionistas continuarem achando que as espécies devem ser mantidas exclusivamente em ambiente natural, o Brasil vai continuar perdendo mercado para outros paises, de atividades que poderiam ser feitas aqui gerando renda para população local e desta forma evitando a destruição da natureza:
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/conteudo_250104.shtml
Leia a matéria e me diz o que você acha...
bom minha opinião sobre a midia em geral é que sem dúvidas a tv e etc... tem uma influencia imensamente negativa sobre o comportamento popular, espero que um dia isso mude!
ResponderExcluirabraço!
Rafael Abreu, agradecemos a sua participação. Percebemos que sua abordagem centrou a questão comercial, neste sentido a sua participação foi bastante pertinente e de grande valia, no entanto, a reportagem referia-se a recuperação da mandíbula de uma jibóia, logo, não foi o momento para um comentário descontextualizado como foi realizado no programa. Quanto a criação em cativeiro para fins comerciais de algumas espécies, entendemos ser uma alternativa pertinente aos tempos modernos dado o momento econômico, social e ecológico, que nos encaminha para necessidade de produção. Porém, medir a necessidade e a vaidade do ser humano em conseguir realizar seus gostos exóticos é algo no qual devemos pensar. A imprensa pode nos levar a desejar o nosso próprio fim, sem que percebamos tal intenção.
ResponderExcluirEsperamos que continue lendo nossas postagens de maneira crítica e inteligente...