De 1 a 2% da população mundial sofrem de anorexia e, dessas pessoas, cerca de 30% fazem uso inadequado de álcool. No Brasil, de 3 a 4% das mulheres sofrem com distúrbios alimentares. Entre elas, o uso indevido do álcool é maior do que entre pessoas sem os mesmos distúrbios.
De acordo com o psiquiatra dr. Hamer Palhares, do Einstein, quem sofre com a doença consome álcool também por seu efeito sedativo. “O álcool dá a sensação de perda de apetite ou faz com que a pessoa durma, ao invés de comer. Além disso, a ansiedade é um dos sintomas mais frequentes entre os pacientes de distúrbios alimentares e o álcool cria a falsa idéia de aliviar o problema. Em médio e longo prazos, na verdade, aumenta a ansiedade e pode gerar quadros depressivos”, explica o médico.
O álcool substitui o alimento sob a forma de "calorias vazias", já que, apesar de ser uma fonte calórica, ele não é utilizado eficientemente como uma forma de combustível. Tanto a digestão como a absorção estão prejudicadas e observa-se déficit de tiamina, vitamina B12, ácido fólico, zinco e aminoácidos. O metabolismo fica alterado e afeta os micronutrientes como folato, tiamina, piridoxina, vitamina A, vitamina D, zinco, selênio, magnésio e fósforos. As consequências desta doença, portanto, serão consequências destas deficiências com distúrbios nutricionais importantes com consequentes alterações orgânicas como arritmias, convulsões, doenças neurológicas, anemia, distúrbios menstruais, alterações da tireóide e alterações endócrinas. Portanto, além da perda de apetite, complicações como esofagite, gastrite hemorrágica, hepatite alcoólica e diabetes secundária podem ocorrer.
O diagnóstico da anorexia nervosa é feito ao constatar alguns sinais e sintomas como recusa em se manter no peso mínimo ou acima do mínimo indicado para a altura e idade, medo intenso de engordar, distorsão da imagem corporal e alterações do ciclo menstrual sem outra causa; associado ao consumo de álcool em substituição dos alimentos.
Vítimas mais conhecidas dessa disfunção: a atriz Lindsay Lohan e as cantoras Amy Winehouse e Britney Spears. Aqui a doença está se popularizando com o exemplo na novela "Viver a Vida" com a personagem Renata (atriz Bárbara Paz), uma aspirante a modelo fotográfica e fissurada em magreza.
No Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino/MS no componente curricular de Ciências, este assunto pode ser trabalhado com o tema: "Ser humano e saúde" onde temos para o 6º ano o subtema 'a estética como questão histórica e cultural em detrimento da sáude física e mental' e para o e 8º ano os subtemas 'Nutrição: doenças relacionadas à alimentação' e ' Reações das drogas (lícitas e ilícitas) no sistema nervoso'.
#FicaDica
Conheça mais sobre a doença:
Os principais efeitos dos transtornos alimentares e das substâncias psicoativas no organismo;
Anorexia Alcóolica por Dra. Patricia Oliveira;
Diagnóstico, sintomas e prevenção da Drunkorexia;
O programa Mais Você conversa sobre Drunkorexia
Bárbara Paz respondeu algumas perguntas
Boa noite, Biosfera:
ResponderExcluirMuito interessante e útil esta postagem. É uma doença psiquiátrica com repercussões físicas que precisa ser urgentemente tratada. Um grande alerta para as meninas. Parece que a atriz Bárbara Paz, que interpreta a personagem Renata, sofreu ela própria na sua vida pessoal com tal patologia. Mas, felizmente, conseguiu com a ajudar médica a tocar a sua vida para frente. Muito oportuna a postagem. Gostei.
Um grande abraço, :)
Muito interessante, adorei. Esse tipo de informação é muito útil em dias de obsessão por corpo e beleza...
ResponderExcluirAbçs
Cintia
~preservblog~
Tambem gostei do artigo muito bom parabens
ResponderExcluir